miércoles, 17 de octubre de 2018

Ricardo Carvalho Calero, fora de lugar

Ricardo Carvalho Calero, fora de lugar



O 17, día de Carvalho Calero



Ricardo Carvalho Calero, fora de lugar

Ernesto V. Souza

À memória de Domingos Prieto Alonso, bom discípulo, melhor mestre, também fora de lugar.



No castelo de Luna, aló nos montes,

o real prisioneiro aferrollado

quer morrer, e morrer quer, o coitado,

con cadeas que á groria foron pontes.

Día aquil sen mañá i enchento de ontes.

Ribadavia souril, Avia loubado…

Cabaleiros, besteiros no fousado…

Balbor de Deus no gurgullar das fontes…

Ai, adéus… De unha vida – treboada

de courazas e pó, elmos e croas,

súpeta e deloirante cabalgada –

Fican os ferros sós, as chagas soas,

e unha morna saudade aluarada,

rei da saudade, que ao teu reino voas.

R. Carvalho Calero, Morte do Rei don García, 1954*



Devo à amiga Wika Grygierzec, o belo conceito, homem-instituição (em polaco: “człowiek-instytucja”), sinónimo duma autoridade máxima, de uma pessoa cujo nome e obras poderiam representar uma instituição, associação, coletivo, projeto, ou mesmo um conceito, uma ideia; aquela pessoa que dedicou toda a vida, ou boa parte dela, a uma obra ou a uma tarefa. Aplica-se enfim, àqueles cidadãos que por eles próprios, pelo seu mérito, algo de acaso e circunstância, pessoalidade ou capacidade humana e social terminam por ser considerados como referentes pela comunidade, e conformar arredor, ou perto de si, espaços quase institucionais.



Na Galiza temos numerosos exemplos de homens e mulheres, que sozinhas desenvolveram ou representaram trabalhos que deveriam ser feitos por uma equipa, grupo, por uma instituição: de Concepción Arenal a Maria Xosé Queizán, passando por Juana de Vega, Rosalia de Castro, Faraldo, Añón, Murguia, Vicetto, os Carré, Castelao, Otero Pedrayo, Anxel Casal, Fernández del Riego, Marinhas del Valle, Isaac Diaz Pardo, Anton Avilés… enfim, façam memória nas suas paróquias e coloquem os nomes em que pensarem.



O rechamante dos números, por pouco que nos ponhamos a contar, não se deve, a uma característica especial dos homens e mulheres do país, por muito que o Duque de Wellington e outros quisessem disfarçar, com proclamas, piropos e exaltações à individualidade, à emigração e ao empreendedorismo inimitáveis: o contraste deve-se mais à debilidade social do país e justamente à falta de verdadeiro corpo institucional, e à debilidade do para-institucional e contra-institucional.



Não podia ser doutro jeito, dado que na Galiza o tecido institucional próprio é muito fraco, em processo de destruição e substituição, com o resto. E o que é pior, o existente, de substituição, depende quase na sua totalidade do Estado e, portanto se conforma e financia arredor e com os dinheiros do projeto nacional espanhol em construção desde o século XIX.



“Na Galiza o tecido institucional próprio é muito fraco, em processo de destruição e substituição, com o resto. E o que é pior, o existente, de substituição, depende quase na sua totalidade do Estado.”



É por isso que temos nomes que basta dizê-los para encher a página de evocações e referências, e quase se evitaria escrever mais que Penélope em citando Diaz Castro e volta a começar. Um caso, neste sentido mono-institucional, é o de Ricardo Carvalho Calero. Sem dúvida, e progressivamente, nos últimos anos da sua vida e além, como divulgador, como professor doutor e, mais tarde, como defensor do Reintegracionismo, encaixa perfeitamente na categoria.



Presença, seriedade, prestígio social, firmeza, mensagem, coerência, exemplo, dignidade, uma certa elegância e não pouca autoridade académica. Porém, destaque-se, Carvalho, como muitos outros dos antes ditos, não é tanto um Homem-instituição como na realidade um homem de instituição.



Um homem de instituição, privado da Instituição, um out of place, arrastado por alguns dos seus entusiastas contemporâneos ao papel de Homem-instituição, de bandeira, de herói. Papel prometeico, no que ele, diríamos – e lembramos – não se sentia à vontade e que baralhava com a sua humildade.



Convinha analisar neste sentido, e – acho – não dividindo Carvalho em três Carvalhos cronológico-epocais-operativos (e risquianos): novo, maduro, velho; ou galeguista/republicano, Galáxio, Reintegrata, senão entendê-lo na coerência da consciência institucional e a sua situação (dentro-fora-margem-centralidade) a respeito delas. Assim, evidencia-se que as obras mais destacadas de Carvalho Calero estão associadas ao seu trabalho dentro de instituições.



Carvalho Calero. Fotografía da colección do Club de Prensa de Ferrol.



“Um homem de instituição, privado da Instituição, um out of place, arrastado por alguns dos seus entusiastas contemporâneos ao papel de Homem-instituição, de bandeira, de herói.”



De novo, como universitário de uma nova universidade possível, como membro da FUE (Federação Universitária Escolar), como elemento integrante do Seminário de Estudos Galegos, e como quadro ativo do Partido Galeguista, mesmo como autor literário dentro do movimento coletivo dos continuadores ou da geração de 1910, a do ano do cometa, e até um bocadinho mais tarde como aspirante à cátedra de letras de Liceu nas grandes Oposições de 1936 (facto determinante este de concentração de moços universitários na defesa de Madrid e nos quadros de oficiais) e depois como tenente do exército Republicano.



Justamente a quebra humana, pessoal e psicológica que significa o fim da Guerra civil com a derrota da República, à saída da prisão, e com o aniquilamento ou exílio dos protagonistas e dos espaços institucionais em que se formara, e para os quais se preparara com empenho e seriedade, fica patente o seu desenraizamento por privação para exercer a advocacia e a sua vocação, a docência.



Anos depois, em plena maturidade, integrar-se-á, com disciplina, meticulosidade, fervor e rigor no projeto de História da literatura, trabalho para o qual, provavelmente, não era o mais indicado, mas a pessoa que estava aí. Feita em precário, mas em clave para-institucional, no espaço e com o apoio que lhe brindará a Galáxia e no reconhecimento de ser parte do símbolo maior da Real Academia Galega. Cuja etapa final será desenvolvido na Cátedra de Língua e Literatura Galegas na Universidade de Santiago. Nunca mais destacou Carvalho que neste momento, em que integrado, disciplinado, entusiasmado faz parte de um espaço regular institucional.



Depois, convertido em bandeirante do movimento reintegracionista discrepante, ainda brilhará em momentos em que aparece o coletivo, conformando contra-instituição e deixando, conversas, artigos, palestras e gravações. Mesmo o legado tem um sentido institucional, auto-editado e auto-canonizada, a sua produção literária (poesia, teatro, prosa breve e romance biográfico) e ensaístico-jornalística, tudo num esquema prefigurado e ordenado para refletir o seu Passado imperfeito, o seu Futuro condicional e as suas Reticências, completado com uma narrativa da primeira parte da sua vida, em formato de romance polifónico.





“A tragédia, as tragédias de Carvalho, as suas derrotas exílios e saudades, ocultadas com elegância nas conversas e entrevistas, aparecem apontadas no seu teatro de cunho existencial, em boa parte da sua poesia introspectiva e plenas na sua correspondência.”



Neste sentido, que tristura pensar no que poderia ter sido o espaço universitário, político, social, institucional da Galiza em 1937 e que horror constatar o que foi. A tragédia, as tragédias de Carvalho, as suas derrotas exílios e saudades, ocultadas com elegância nas conversas e entrevistas, aparecem apontadas no seu teatro de cunho existencial, em boa parte da sua poesia introspectiva e plenas na sua correspondência, singularmente evidentes na mantida com Fernández del Riego. Assim em fragmentos de prosas várias, análises e poemas vão configurando a tragédia do homem formado, preparado para desenvolver a sua imensa capacidade de análise, energia e trabalho numa Instituição, privado primeiro por motivos políticos, depois por outros motivos políticos, do espaço institucional académico e cultural, e para-institucional.



Que terrível também o drama do homem entrando na velhice, que finalmente se incorpora, como novato, com uma metodologia desfasada, pedagogia e terminologia démodé, num espaço institucional controlado pelos mais diversos interesses e feudos, movimentado pelos truques burocráticos, as carreiras planificadas, as modas terminológicas e o teatro de códigos atrativos as novas gerações, reduzido a esquemas de favores, quadros docentes, seminários e departamentos, e não pelo mérito, no tardo franquismo e primeira democracia, e em nada semelhante à ideia da reforma da universidade moderna que sonhavam aqueles que eram moços da República.



Que drama intenso perpassa a figura, saudade e dor pela rotura com os antigos companheiros de Galáxia e da RAG, com os possíveis discípulos e com o rancor motivado pelo enfrontamento com os académicos do ILG e os populistas, que ainda ecoa. A renúncia pessoal e o enfrentamento intelectual, pago com a acusação afrontosa de traição, soberba, velhice, loucura e com o castigo do ostracismo institucional, académico, editorial, jornalístico.



“No mundo moderno os intelectuais académicos, não trabalham mais para mecenas, pois, mas trabalham a serviço da nação nas academias, universidades, publicações, congressos, editoras e jornais que os apresentam socialmente, mantêm e promovem.”



Carvalho, como Murguia, e tantos outros. Novamente os números cantam por excesso. Não pode ser uma questão individual, já de caráter forte, de crítica aceda inoportuna, já de soberba ou desafio aos poderosos, bem de génio indómito ou de pessoalidade arisca. No mundo moderno os intelectuais académicos, não trabalham mais para mecenas, pois, mas trabalham a serviço da nação, desenvolvendo doutrina, ciência, pensamento, educando o público, nas academias, universidades, publicações, congressos, editoras e jornais que os apresentam socialmente, mantêm e promovem.



O problema aparece quando a Nação, que é quem põe os dinheiros para ser construída, não é a mesma que a que os intelectuais quereriam construir. A Reichskulturkammer (palavra esta com os matizes e contexto que devo, por leitura, ao grande Victor Klemperer e a sua monumental LTI) que o Estado pretende construir e controlar, vai filtrando os elementos polémicos e contrários, atafegando-os, apartando-os, empecendo-os de chegar ou criar escola, eliminando-os lenta – ou rapidamente se houver ocasião – do espaço institucional. O que os priva de ordenado, espaço, apoios, equipas, lugares onde desenvolver o seu trabalho, recursos, colegas, discípulos, ritmo de trabalho, objetivos; priva-os também de mecânicas sociais, de plataformas onde publicar, de reforço, de crítica, de debate, de pares, de incentivos, motivações e de disciplina institucional.



Na Galiza dos anos 80, as instituições estavam a ser desenhadas – com apoio do galeguismo pinheirista – para construírem e normalizarem um modelo autonómico de língua e de cultura não conflituoso com o Estado. A história é longa e o conto tem muitos matizes e não poucas bifurcações argumentais secundárias, mas a cousa é que Carvalho, terminou convertido em Instituição, não por vontade, mas porque quem abandonou o sentido da instituição foram as instituições e os intelectuais institucionais que deveram ter sido os seus companheiros.



Carvalho Calero era um disciplinado, rigoroso, meticuloso homem de instituição. Não tinha, nem precisava, dos louros do herói. A sua aspiração era mais a de fazer parte, ser um digno ator coadjuvante, entre outros e mais protagonistas. Não é de reconhecimento que precisa. Ele é já um homem-instituição. A gente sabe. O que seria de justiça, e também um grande adianto para o coletivo e para as instituições, seria reconhecer-lhe – no contexto e circunstâncias prórpias – que essa sua achega à cultura galega é também plenamente institucional, para assim o seu trabalho, a sua obra, o seu magistério, a sua figura recuperarem o valor institucional, na centralidade de que deve formar parte, com o seu pensamento, proposta e obra.



* em “Tres sonetos de R. Carballo Calero (da academia Galega, especial para Lar)” em Lar- Revista del Hospital Gallego. B. Aires, nº 248-50, 25-VII-1954. (cópia devida à generosidade de Antón Capelán)

miércoles, 10 de octubre de 2018

Por siempre, Che

Por siempre, Che | Periodistas en Español





Por siempre, Che

Compañero, es la muerte frágil testimonio sustancial de la vida ejercida.
Temblar de indignación no es figura literaria válida en nuestros días. La solidaridad no puede ser metafórica. Sólo si el amor por la humanidad se transforma en hechos concretos de repudio ante la injusticia y la violencia puede ser considerada opción revolucionaria y ésta será nuestra mejor propuesta ante cualquier cultura de represión.
Así como la piel es el órgano más extenso del cuerpo humano pero basta un pequeño toque en alguna parte de ella para que todo el ser reaccione, un golpe o una caricia en algún punto de la humanidad generan sensaciones de agrado o rechazo que provocan acciones pertinentes a éstas.
Así, pues, la indiferencia no se vale. La pasión no es alegórica. Ante el dolor humano la respuesta del pueblo no puede ser moderada. Que se moderen quienes atacan, quienes hieren, quienes asesinan, quienes tergiversan la verdad; allanan, bombardean, disparan, destruyen, mutilan.
Sin embargo, no hay que esforzarse mucho, si se ha aprendido a mirar, para percibir augurios de felicidad y afirmar que la revolución con la que soñamos, a cuya construcción dedicamos buena parte de nuestro tiempo,  puede estar en cualquier parte por lo que debemos salir a encontrarla en el axis mundi de nuestras convicciones.
No podemos sostener una concepción bancaria del amor en la que exigimos retribución por el cuido, el beso dado, el aliento, las palabras o el apoyo. El amor no se paga, ni siquiera con amor.
El trabajo remunerado debe ir a la par del voluntario. Hay que contribuir puntualmente con la cuota de sacrificio que nos exige el mundo anhelado. Ojalá podamos  decir al fin de cada jornada que felizmente sentimos cansancio y que gustosamente nos exponemos al veredicto de la comunidad.
Che, contigo aprendemos que no importa tener aliento para apagar las velas del tiempo pasado sino el suficiente para encender las luchas futuras.
Compañero, es la vida toda hondo y claro respiro contra la muerte que ronda.

Supersticiones: Canciones de amor de India del Norte

Supersticiones: Canciones de amor de India del Norte



Vidyapati fue un poeta cortesano nacido a mediados del siglo XIV y que ejerció de versificador de cámara del monarca del reino independiente de Mithila. La importancia de Vidyapati no está sólo en la enorme belleza de sus textos, sino que pasa por ser el primer poeta que usó una lengua común para escribir versos, en lugar del canónico sánscrito. El escritor mexicano Gabriel Zaid en un pequeño ensayo que puedes encontrar AQUÍ, habla de la poesía de Vidyapati, de su vida y de su carácter de pionero en el uso de las lenguas comunes, con estimulantes comparaciones con los primeros balbuceos del castellano como lengua escrita y entre las diferentes lenguas romances y las diferentes lenguas derivadas del sánscrito. Un texto realmente precioso.

Las canciones de Vidyapati (escribió más de 500) se siguen cantando popularmente, sobre todo en las bodas. Se trata de poemas devocionales en los que se canta el amor de Krishna, el dios amante, y la pastora Radha, traspasados por una finísima tensión erótica, imposible en las tradiciones monoteístas de origen semita. En ellos, además, la mujer tiene protagonismo sexual activo y en eso se parecen a las Cantigas de amigo de la tradición medieval galaico-portuguesa, como muy pertinentemente apunta el propio Zaid.

El tema que os ofrezco pertenece a una serie de grabaciones que se hicieron en 1974 en varias sesiones con cantantes populares y que fueron publicados en Francia por Radio France en un volumen bajo el título de Mithila / Chants d’amour de Vidyapati. El ejemplar que yo poseo es un vinilo que digitalicé convenientemente hace años. De ahí las crepitaciones que los más jóvenes encontrarán extrañas. Aparte de ellas suena sólo la voz y la base tonal de una tampura. El tema se titula Oh mi muy amada, interpretada por Jahawarlal Jha.

El dibujo que cuelgo y que es el original de la carátula corresponde a un ejemplar de las pinturas con que las mujeres de Mithila decoran los muros exteriores de sus casas y que hacen referencia siempre al mundo devocional de las canciones de Vidyapati, los amores carnales de sus dioses.


Get this widgetShareTrack details



Oh, mi muy amada, que juega a la indiferencia
El tiempo de las coqueterías ha pasado
Mira, el amor ha despertado ahora.
La noche está calma
y la luna brillante.
Es el mejor momento para el amor.

Solo la mujer que disfruta con su amante
sabe apreciar los gozos del amor.
Como la abeja (1)
mientras liba la dulce miel
así cada bella satisface a su amante.
Sólo que vuestro amante está furioso
por vuestra indiferencia.

Vuestro pubis es como el encuentro
del Ganges y el Jamuna (2)
y vuestro seno se parece al falo de Shiva.

¿Donde estáis vos, amor mío?
Yo espero impacientemente vuestra llegada,
Oh, mi amada, mi deseo está desatado
e inflamado mi cuerpo de fiebre.

Dijo Vidyapati:
La indiferencia no es de rigor,
Oh, joven coqueta.



(1) La abeja en uno de los símbolos de Krishna
(2) El Jamuna es un afluente del Ganges.

lunes, 8 de octubre de 2018

Janis Joplin - Piece Of My Heart










A 48 años de la partida de Janis Joplin



La icónica bruja cósmica murió un día como hoy pero de 1970 a los 27 años.





POR STAFF ROLLING STONE MÉXICO  | Octubre 4, 2018





 Foto: Albert B. Grossman (CC)

           

El día de hoy se cumplen 48 años de la muerte de Janis Joplin, la bruja cósmica. Caracterizada por su espíritu rebelde y poderosa voz, Janis Joplin llegó al mundo el 19 de enero de 1943 en Port Arthur, Texas.



Janis Lyn Joplin fue hija de Seth y Dorothy Joplin, quienes querían que su hija fuera maestra. Sin embargo, a los 16 años Janis comenzó a manifestar su incontrolable amor por la música. En su adolescencia se hizo amiga de un grupo de marginados a través de los cuales tuvo acceso a discos de artistas de blues afroamericanos como Bessie Smith, Ma Rainey o Lead Belly, a quien más tarde, Joplin acreditó como influencia en su decisión de convertirse en cantante. Mientras participaba en un coro, fue conociendo a otros cantantes de blues como Odetta, Billie Holiday y Big Mama Thornton.



Janis Joplin en su último año de escuela secundaria en 1960.

Janis Joplin en su último año de escuela secundaria en 1960.



En la Universidad de Texas colaboró con una banda llamada Waller Creek Boys, en la que combinaba el blues con rock. En 1963, Janis Joplin se fue a San Francisco, donde cantaba en locales de poca afluencia. Allí se volvió adicta a las anfetaminas y regresó a casa dos años después. En 1966 volvió a San Francisco y se unió a la banda Big Brother And The Holding Company.



La banda se hizo muy popular en la ciudad y Janis fue más reconocida. Posteriormente se presentó en festivales como el Monterrey Pop Festival de 1967 junto a grandes artistas del momento como Jimi Hendrix, Otis Redding, Jefferson Airplane, y The Who, lo que les valió que una importante firma discográfica se fijara en ellos y les propusiera publicar un disco. En 1968, Janis Joplin abandonó el grupo por diferencias con los demás miembros.





Janis siempre se sintió sola a pesar de tener éxito, situación que la orilló al consumo desmedido de drogas. Solía decir, “Hago el amor con 25 mil personas en el escenario y luego vuelvo a casa sola”. El sábado 3 de octubre de 1970, Janis visitó el estudio de grabación Sunset Sound Recorders en Los Ángeles para escuchar la parte instrumental de “Buried Alive in the Blues“.



Más tarde, salió del estudio hacia el bar Barney’s Beanery. Joplin no llegó al estudio al día siguiente como se había acordado y el productor Phil Rothchil comenzó a preocuparse. Al entrar a la habitación, la encontraron muerta, tirada en el suelo a un lado de su cama. Janis Joplin falleció el 4 de octubre de 1970 a los 27 años de edad, supuestamente por una sobredosis de heroína y exceso de alcohol. Hasta la fecha no han sido aclarados algunos hechos de aquel día.





“No te comprometas; tú eres todo lo que tienes”





http://rollingstone.com.mx/musicars/a-48-anos-de-la-partida-de-janis-joplin/

miércoles, 3 de octubre de 2018

Pelo Bueno. Voces Afroféminas

Pelo Bueno. Voces Afroféminas – Afroféminas



Pelo Bueno. Voces Afroféminas



Pelo Bueno. Voces Afroféminas

Pelo bueno

Pegado, rebelde o enredado,
tú eres el pelo bueno que por naturaleza me ha dado.
Y es que no te conocía, pretendía ser negrita con el cabello alisado
 y pensaba que eras bueno sólo cuando estabas mojado.
A veces maldecía: ¿por qué no tengo el pelo bueno de ella?
Y es que no sabía que era bella con el pelo bueno que han dado.
Ahora me interesa tú necesidad, estilo y porosidad.
Tienes una forma única de  lucir,
y lo mejor es cuando te puedes subir hasta mis orejas engañando con el largo de tu grandeza,
y pesar que a veces da pereza desenredar y desenredar,
 hoy te puedo saludar: ¡caramba pelo bueno, te estoy aprendiendo a amar!

No sé si es una cuestión de visón
o de lo mal que nos han enseñado,
nuestro cabello nunca ha sido malo,
sólo hay que aprender a cuidar.
 Y la solución no es alizar u ocultar con vergüenza,
sea con turbante, suelto o con trenzas,
  no dejes que nadie te convenza que tienes un pelo malo que necesitas ocultar,
porque si lo puedes aceptar,  también puedes decir con dignidad:
¡caramba pelo bueno, te estoy aprendiendo a amar!
Y si veces en las noches cuando estas frente al espejo,
miras que viene de lejos un pensamiento de inferioridad,
lucha contra esa maldad y rodéate de quien  enseña sobre tu cabello,
 porque ya es momento de que lo veas bello  y digas con libertad: ¡caramba pelo bueno, te estoy aprendiendo a amar!


Jpeg

Yraidy D. Blanco B.
Afrovenezolana